Avaliação da formação nas empresas

Avaliação da formação nas empresas

A formação conheceu nos últimos anos um grande incremento, tornando-se uma forte aliada das empresas, que reconhecem que é necessário manter os seus colaboradores a par de novos métodos, técnicas, tecnologias ou conceitos. As mudanças no mundo empresarial são constantes, situando-se estas não só no plano tecnológico como também no plano organizacional e no domínio das atitudes. É sabido que cada vez mais as empresas e outras organizações não vêem a formação como uma mera obrigação consideram-na como uma estratégia de gestão e inovação.
Como temos vindo a verificar quando pensamos no processo de formação das nossas empresas, importa pensar em inúmeras questões, nomeadamente, levantamento de necessidades, plano de formação, avaliação de formação, entre outras, para que todo o processo formativo atinja os objetivos desenhados inicialmente. Assim exige-se cada vez mais dos responsáveis pela formação, ou pela execução dos planos de formação, o conhecimento dos resultados dos investimentos realizados em formação. Por estes motivos percebe-se que nos dias de hoje, cada vez mais se valoriza a avaliação das práticas de formação nas empresas.

Tendo em consideração que a formação é um investimento, é importante desde início prever os seus resultados. Assim, a avaliação da formação vai fazendo parte integrante dos próprios planos de formação, constituindo, à medida que estes vão sendo executados, uma preciosa fonte de informação para a gestão das pessoas, ao serviço das organizações e dos seus projetos.
A avaliação da formação resulta de uma reflexão sobre todos os momentos e fatores que intervêm na formação, a fim de determinar quais podem ser, estão a ser, ou foram os resultados da mesma. Esta avaliação pode ser catalogada de diversas formas nomeadamente quanto ao momento (e temos a avaliação inicial ou diagnóstica; a avaliação formativa ou contínua; a avaliação sumativa ou final; e a avaliação prognóstica), e quanto ao processo (que podem ser avaliação normativa e avaliação criterial).

Levanta-se assim uma questão: Mas afinal o que é que se pode avaliar? A resposta é interminável, pois podem avaliar-se muitos elementos, por exemplo:
– Os objetivos da formação;
– As necessidades de formação;
– A satisfação dos formandos;
– Os métodos pedagógicos;
– O grau de cumprimento dos resultados previstos, entre outros.

Esta listagem, que é meramente indicativa, serve para salientar que a focagem da avaliação depende sobretudo dos objetivos e das finalidades da avaliação. Nesta fase da formação a empresa deve pensar no que pretende avaliar, e com que objetivo!
Consideramos assim que todos os intervenientes na formação melhorariam a sua atuação, a vários níveis, se pudessem contar com uma informação e avaliação credível sobre a formação realizada. A avaliação da formação deve ser transversal a todo o ciclo formativo e as informações que esta prática nos permite recolher, em diferentes momentos, devem ser aproveitadas para fins diversos (como por exemplo, para melhorar ações de formação futuras não deixando que eventuais erros se voltem a repetir). MELHORIAS CONTÍNUAS PRECISAM-SE! E a avaliação do processo formativo nas empresas pode ser uma peça chave nestas melhorias.

Andreia Mendes – HR Consultant
andreiamendes@humangext.com

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